sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Amor à Primeira Vista?

Sejam bem vindas ao nosso espaço! Onde poderemos trocar informações, experiência, dicas, e principalmente: Desabafar! Falar de forma franca sobre nossos medos e inseguranças.
E, como esse é o nosso primeiro encontro, resolvi falar sobre o "Primeiro Encontro" com nosso filhos. Sim, aquele momento mágico ou não pelo qual esperamos durante toda gestação (ou desde muito antes no meu caso).
Eu sempre ouvia outras mãe falarem daquele amor à primeira vista, ou um sentimento arrebatador que te invade no momento em que o médico traz o bebê para que você veja, e da mesma forma já havia visto inúmeros programas de TV onde as mães se esvaiam em lágrimas ao olhar para seu rebento. Então, já tinha me preparado psicologicamente para o momento cinematográfico do meu parto, e, como sou chorona assumida, pensei "vou chorar até desidratar". É importante nesse momento ressaltar o fato de que eu vinha de uma jornada de 1 ano e 7 meses tentando engravidar, havia passado por inúmeros procedimentos incômodos e até dolorosos, incluindo uma Videolaparoscopia, mas em um outro momento entro em detalhes sobre esse período. O fato é que fui com toda essa expectativa para a sala de parto, aguentei firme, a sede, a fome, as inúmeras tentativas da enfermeira (quase parti para a agressão física) para colocar a sonda na minha mão, passei de forma quase indolor pela tão temida anestesia, enfim havia chegado o momento! Meu marido sentado ao meu lado segurando minha mão quando senti "a pressão", parecia que o médico estava arrancando todos os meus órgãos de uma só vez, então meu marido se levantou para olhar por cima do pano, ele sorriu e disse "ele está aqui Lene, ele é lindo", esperei até que me trouxessem meu bebê e quando finalmente o trouxeram até mim, tão pequenino, enroladinho, eu me preparei para ouvir os clarins, as trombetas e é claro para chorar, mas ao invés disso, um turbilhão de coisas passava pela minha mente: "o que é essa coisa branca no meu bebê? por que estou tremendo assim? esse menino tem o cabelo vermelho? a que horas vão me dar água? ahhh ele é mesmo lindo...ele é lindo mesmo? acho que tem algo acontecendo na sala ao lado! Ou seja, nada de lágrima, nem clarins, nem trombetas, nem coral de anjos, só um monte de pensamentos aleatórios, misturados com a preocupação se ele estava bem e uma pontinha de desapontamento. Todo esse redemoinho de sentimentos ficou em minha mente até as duas da madrugada, quando o trouxeram para mim no quarto, aquele ser minúsculo abriu os olhinhos e me encarou depois fechou, se aconchegou nos meus braços como se pensasse "é ela, é sim, é aqui mesmo que eu quero ficar", foi aí que eu me derreti, e me apaixonei perdidamente pelo bebê mais lindo do mundo, e venho me apaixonado mais a cada dia.
O que quero dizer com este post, é que nada nesse mundo acontece duas vezes da mesma forma, se uma mulher tem dois filhos, ela terá duas experiências diferentes, imagine duas mulheres diferentes. Sua experiência não tem que ser, e não será, igual à de ninguém. Isso não quer dizer que será menos emocionante ou que você é uma chocadeira insensível se não chorar até se acabar. Deus é bem criativo, fez pessoas maravilhosamente diferentes umas das outras. Viva sua experiência da forma como ela vier e seja feliz!

2 comentários:

  1. Que lindo Marlene. Realmente o "nosso primeiro"encontro com nossos filhos é um momento indiscritível, onde um turbilhão de emoções tomam conta de nós. Quando olhei para o meu Davi pela primeira vez chorava, sorria, tentava falar alguma coisa na expectativa que não somente eu, mais ele tbém tivesse a certeza naquele instante de que eu era a MAMÃE dele. E de uma forma linda, depois de choros e mais choros, uau, qdo eu disse DAVI ISRAEL, te amo meu amor. Ele parou de chorar, fixou os olhinhos todos cheios de remelas em mim e ficou escutando tantas coisas que falei a ele que nem mesmo eu me lembro ( risos). Mais a sensação única e intensa pareço sentir até hoje. Assim como nossa ida para casa após sairmos da Maternidade e todos os desafios e anseios que vivemos até os dias de hj. Quatro anos se passaram da maior e mais milagrosa sensação que tive na minha vida inteira. A sensação única de dar a luz a um filho. E qdo penso em todos os desafios que vivo a cada dia, e cada fase como mãe, penso na gratidão que tenho a Deus em todos os momentos por ter me dado uma pedra tão preciosa que é meu filho. Entre medos, receios, inseguranças, erros e acertos neste período de maternidade, descobri que o amor do meu filho por mim, me ajuda a sustentar a expectativa que a cada dia aprendo com ele e ele comigo que a maternidade só me trouxe benefícios incontáveis.E toda a renuncia de minha vida até aqui fez parte de uma escolha que fiz a anos atrás , a escolha de ser MÃE. Por isso eu nunca disse e nunca irei dizer que meu filho dá trabalho. Pelo contrário, ele apenas vive cada ciclo da vida como um dia eu vivi da minha vida. Meu filho é uma benção de Deus. Te amo meu amado Davi Israel.

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    1. É verdade Grazi! Eu tinha pensado em tantas palavras orações pro momento do parto, mas só consegui falar com ele, orar por ele depois no quarto, mas uma coisa é certa, eu me lembro de cada detalhe daquele dia, cada segundo!!!

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